sigh your children
domingão, solzinho, tudo pedia um pastel. fui pra feira do paradáizi, me empanturrei e voltei andando pela paulista, observando as feiras, os carros, as crianças correndo e os pais loucos. chegando mais perto de onde eu tava indo, um garoto de uns 15, 16 anos me parou pra pedir informação de onde ficava o Hangar 110, porque ia rolar algum show de alguma coisa que ele disse, mas enfim. informei e, agradecido, ele se foi. e isso de alguma forma bate em cima com as coisas que rolaram nesse final de semana de shows. certamente, aqueles dois momentos onde, quando chovia e eu esperava a outra banda que tanto quis ver a vida inteira subir no palco. eu olhava pra cima, e ainda me lembro que tava tocando hunted by a freak do mogwai nos altos-falantes, e eu pensava como ou o que poderia me fazer continuar cada vez mais sempre querendo estar presente em momentos desse tipo. toda aquela massa humana esperando horas a fio, de pé ou sentados aos montes, espalhados pelo chão, tudo aquilo tinha um sentido, uma razão, por mais que fosse simples ou idiota demais pra quem vê de fora. mas tudo bem, não é todo mundo que entende, e pro bem da situação, muito melhor assim. calem-se os incrédulos que jamais conseguem entender a sensação de felicidade, e aceitar que os demais podem sorrir. todos os amigos presentes, uma grande família reunida, mais novos e mais velhos com a mesma cara de dever cumprido, mais uma vez na vida. a mesma coisa me bate qdo eu tava ouvindo strawberry fields hoje cedo, sabe. let me take you down cauz im going to. é a mesma coisa. só que inversa. mas a chuva de sábado num veio, mas keep on rock sim, e foi a coisa que mais lavou a alma junto do flaming lips este ano, pro resto dos meus dias. inacreditável. inacreditável. e vc, onde estava? lá que não era, suponho. acertei? é. sorry, passa depois.
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sp fica bem mais bonita no frio.
4.12.05
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